09 de Outubro de 2012
MANUAL DE PREVENÇÃO DE QUEDAS DA PESSOA IDOSA
Autoria: Centro de Estudos Ortopédicos do Hospital do
Servidor Público do Estado de São Paulo.
SOBRE A QUEDA.
Definição:
deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial
com a incapacidade de correção em tempo hábil, determinado por circunstâncias
multifatoriais que comprometem a estabilidade.
As quedas das pessoas idosas são comuns e
aumentam progressivamente com a idade em ambos os sexos e em todos os grupos
étnicos e raciais. Representa um problema de saúde pública.
A queda pode significar que houve o
declínio das funções fisiológicas (visão, audição, locomoção), ou ainda
representar sintomas de alguma patologia específica. Os acidentes por quedas
podem provocar fraturas, traumatismos cranianos e morte, dependendo do caso.
Afetam a qualidade de vida do idoso por consequências psicossociais, provocam
sentimentos como medo, fragilidade e falta de confiança. Muitas vezes funcionam
como o início da degeneração do quadro geral do idoso, pois além de reduzir sua
modalidade também afeta as atividades sociais e recreativas.
FREQUÊNCIA E CONSEQUÊNCIAS.
No Brasil cerca de
30% dos idosos caem pelo menos uma vez no ano. A freqüência é maior em
mulheres.
O risco de fraturas decorrentes de quedas
aumenta com a idade. Estudos mostram que 40% das quedas em mulheres com mais de
75 anos e 28% das quedas em homens da mesma idade resultam em fraturas. 5 a 10%
das quedas resultam em ferimentos importantes.
O risco de quedas
aumenta com o avançar da idade e pode chegar a 51% em idosos acima de 85 anos.
Mais de dois terços daqueles que têm uma queda cairão novamente nos seis meses
subsequentes. 70% das quedas em idosos ocorrem dentro de casa.
FATORES DE RISCO.
Existem fatores que predispõem à queda no
idoso e que, de forma simplificada, podem ser divididos em intrínsecos, aqueles
relacionados às alterações fisiológicas do processo de envelhecimento ou então
a uma patologia específica e ainda ao uso de medicamentos. Existem também os
fatores extrínsecos, aqueles relacionados ao ambiente em que o idoso interage,
sua casa, locais públicos e transporte coletivo, entre outros.
FATORES INTRÍNSECOS RELACIONADOS À QUEDA EM IDOSOS.
ALTERAÇÕES
FISIOLÓGICAS DO ENVELHECIMENTO: diminuição da visão, diminuição da audição,
sedentarismo, distúrbios musculoesqueléticos (fraqueza muscular e degenerações
articulares), alterações na postura, alteração de equilíbrio e locomoção e
deformidade nos pés.
DOENÇAS QUE PREDISPÕEM À QUEDA: doenças
cardíacas, doenças pulmonares, doenças neurológicas (derrame cerebral,
demência, Doença de Parkinson, Mal de Alzheimer, doenças geniturinárias,
osteoporose, artrose e labirintite).
MEDICAMENTOS: antidepressivos, ansiolíticos,
hipnóticos e antipsicóticos, anti-hipertensivos, anticolinérgicos, diuréticos,
antiarrítmicos, hipoglicemiantes, anti-inflamatórios não-hormonais,
polifarmácia (uso de 5 ou mais drogas associadas).
Neste manual você conhecerá alguns fatores
de risco que poderão contribuir para a queda nos idosos, bem como pequenas
dicas que poderão ajudá-lo a tomar algumas medidas de prevenção no ambiente
domiciliar, onde ocorre a maioria das quedas.
BANHEIRO: Não utilize tapetes de tecido (ou
retalhos), que podem provocar escorregões (use
tapetes emborrachados antiderrapantes).
Caso tenha dificuldade para enxergar, evite utilizar banheiro com pouca
iluminação ou com piso, cortinas e peças da mesma cor (aumente a iluminação: use lâmpadas fluorescentes, cortinas claras,
assento do vaso sanitário e pia em cores
diferentes das do piso e do chão). Utilizar vaso sanitário muito baixo e
sem barras de apoio pode provocar desequilíbrio, além de ser desconfortável (aumente a altura do vaso e instale barras de
apoio laterais e paralelas ao vaso). Evite tomar banho em banheiros com boxe
de vidro, sem tapete antiderrapante e sem barras de apoio (substitua o boxe de vidro por cortinas, utilize tapetes antiderrapantes
e instale barras de apoio nas paredes; na dificuldade em se abaixar durante o
banho, utilize uma cadeira de plástico firme e resistente).
QUARTO: Não use
tapetes soltos nem encere o piso com produtos escorregadios; evite usar
calçados altos ou com solado liso e nunca ande somente de meias (use tapetes presos ao chão; quanto ao piso,
o melhor mesmo é não encerar; use sempre sapatos com solado antiderrapante). Evite camas muito baixas e colchões
muito macios; você pode ter dificuldade para levantar ou deitar (ajuste a altura da cama e se preciso troque
o colchão por um mais firme).
Nunca levante no escuro (providencie um
interruptor de luz ao lado da cama ou um abajur).
SALA: Não deixe que
extensões elétricas ou fios de telefone cruzem o caminho e não permita que
sapatos, brinquedos e outros objetos fiquem espalhados pelo chão (mantenha os fios dos aparelhos próximos às
tomadas; deixe o caminho livre e sem bagunça). Cuidado com sofás muito
baixos e macios ou poltronas sem braços; você pode ter dificuldade para se
levantar (prefira sofás mais altos e
firmes e poltronas com braços).
COZINHA: Não utilize
armários muito altos que necessitem de bancos ou escadas para alcançar os
objetos (os armários devem ser de fácil
alcance e fixados à parede).
ESCADA: Nunca deixe
qualquer tipo de objeto nos degraus; escadas com pouca iluminação, sem corrimão
e com degraus estreitos são perigosas (a
escada deve estar livre de objetos, possuir corrimãos dos dois lados, fitas
antiderrapantes nos degraus e interruptores de luz, tanto na parte inferior
quanto na superior).
ANIMAIS DE
ESTIMAÇÃO: Se possível escolha as cores de mobília e piso diferentes da cor do
animal de estimação; isso evita que você tropece e tenha uma queda. Nunca deixe
a casinha do cachorro muito próxima da entrada da sua casa. Quando for preciso
prender o animal, a corrente deve ser do tamanho médio para que não cruze o seu
caminho.
OUTRAS DICAS.
Consulte seu geriatra regularmente.
Faça exames oftalmológicos anualmente.
Mantenha uma dieta saudável com ingestão de
cálcio e vitamina D.
Reduza a ingestão de bebidas alcoólicas.
Tome banho de sol regularmente.
Informe-se com seu médico sobre efeitos
colaterais dos remédios que você está tomando.
Certifique-se de que todos os medicamentos
estejam claramente rotulados e os guarde em local adequado.
Tome os medicamentos nos horários corretos
e da forma que foram receitados pelo seu médico.
Participe de programas de atividade física
que visem ao desenvolvimento de agilidade, equilíbrio, coordenação e força
muscular.
Converse com seu médico a respeito do tipo
de atividade física que você pode realizar.
Leve uma vida
saudável e seja feliz.
Rotary Club de Tupã,
9/outubro/2012 – Colaboração do comp. Innocente V. Chiaradia (Sócio Honorário)
24/07/2012 - QUANDO O IMPOSSÍVEL SE TORNA VIÁVEL – Albert Einstein
Conta uma lenda que duas crianças patinavam em cima de um lago congelado. Era uma tarde nublada e fria e elas brincavam despreocupadamente.
De repente o piso glacial rachou e a menina caiu, ficando presa na fenda que assim se abrira. O menino, vendo a amiguinha imobilizada e sofrendo na água gelada, tirou rapidamente um de seus patins metálicos e começou a golpear, com todas as suas forças, o sólido gelo que circundava o corpo da garota. Quebrando-o aos poucos, com firmes e sucessivas batidas, ele conseguiu puxá-la para fora da fossa, salvando-a.
Um velho, que assistia à distância o acontecimento, pedira pelo seu celular o socorro dos bombeiros. Quando estes chegaram, um deles, informado sobre a heroica e engenhosa ação do menino, perguntou a ele:
- Como você conseguiu fazer isso? É impossível que você, assim pequeno e com mãozinhas ainda frágeis, tenha quebrado sozinho tanto gelo duro!
Nesse instante, o idoso que solicitara a ajuda dos bombeiros aproximou-se deles e comentou:
- Eu sei porque o moço conseguiu realizar essa proeza. É muito simples: não havia ninguém por perto para lhe dizer que ele não seria capaz de fazer isso. Como afirmava o ilustre pensador francês Jean Cocteau, “não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez”!
Fonte: pensamentosesonhos.blogs.pt.
Pós-escrito: “Algo só é impossível até que alguém duvida e acaba provando o contrário.” (Albert Einstein)
Rotary Club de Tupã, 24/7/2012 – Colaboração do comp. Innocente V. Chiaradia (Sócio Honorário)
Mto bom... Adorei a crônica. Continuem previlegiando seus leitores.
ResponderExcluirRCOurinhos
(Gláucia- sec)