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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Crônica - Gentileza do Companheiro Inocente Chiaradia

O MENINO QUE TROUXE A LUZ AO MUNDO DA ESCURIDÃO – Willian J. Bennett

            Certo dia, um menino de 3 anos estava vendo seu pai fazer arreios e selas na oficina. Quando crescesse, queria ser igual a ele.
            Tentando imitá-lo, pegou uma ferramenta pontuda e passou a bater numa tira de couro. O instrumento escapou da sua pequena mão, atingindo-lhe o olho esquerdo. Logo depois, uma infecção afetou seu olho direito e o garoto ficou totalmente cego. Mesmo assim, aprendeu a ajudar seu pai na oficina, tateando e lhe entregando ferramentas e peças de couro.
            Ele ia à escola e todos admiravam sua memória. Mas, na verdade, não era feliz com os estudos, pois queria ler livros e escrever cartas, como seus colegas. Por isso, passava noites acordado, pensando em como resolver o grave problema.
            O menino então ouviu falar do capitão do exército francês que tinha desenvolvido um método para ler mensagens no escuro. Essa escrita noturna consistia em conjuntos de pontos e traços em relevo no papel. Deslizando os dedos sobre os códigos, os soldados liam à noite sem precisar de luz. Ora, se os militares podiam fazer isso, os cegos também conseguiriam, pensou o garoto. Animado pela notícia, procurou o Capitão Barbier, que explicou como funcionava seu invento, fazendo orifícios numa folha de papel com um furador semelhante ao que cegara o rapazinho.
            Dia após dia e noite após noite, Louis Braille trabalhou no sistema de Barbier, introduzindo adaptações e aperfeiçoamentos. Foi mostrando seu plano a amigos e assim despertou o interesse dos meninos do instituto para cegos onde estava morando. À noite, eles iam às escondidas ao seu quarto para conhecer melhor a inovação. Finalmente, aos 20 anos de idade, Louis chegou a um alfabeto legível com combinações variadas de um a seis pontos. O método Braille estava pronto e permitia ler e escrever até músicas. A estratégia se alastrou e obteve a aceitação geral.  
            Semanas antes de morrer, já no leito do hospital, Louis disse a um amigo: “Tenho certeza de que minha missão na Terra terminou.” Dois dias depois de completar 43 anos, Louis Braille faleceu.
            Nos anos seguintes à sua morte, essa técnica se espalhou por vários países, passando a ser considerada a maneira oficial de leitura e escrita para quem não enxerga. Os cegos puderam, enfim, amenizar com os livros a sua amargura, graças ao menino que se dedicara a fazer luz para iluminar a sua vida e a dos demais privados da visão física.
            Há quem usa suas limitações como desculpa para não agir nem produzir. Porém, como tudo nos deve servir de aprendizado, a sabedoria está justamente na superação das piores situações e na realização do melhor possível para si e para as outras pessoas. Louis Braille demonstrou que, com abnegação e perseverança, sempre encontraremos a solução desejada.
            Fonte: www.mensagensvirtuais.xpg.com.br.                   
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